Característica diferenciadora: Fino
Preço: 30€
Onde: Garrafeiras especializadas
Nota pessoal: 18
Comentário: Poeira, é Poeira… único e pioneiro no estilo em Portugal.
Coerente e bom! 2008, um ano especial em que tenho provado vinhos distintos e bons. Não faço ideia se choveu muito ou pouco, nem em que meses… sei que os vinhos normalmente são bons!
Este Poeira não foge à sua origem. Sempre com acidez, nariz com aromas discretos inicialmente, mais evidentes durante a prova. Algumas notas de madeira e fruta. Ligeiro vegetal. Inicialmente parece curto, mas à medida que respira ganha dimensão. A acidez comanda, deixando no entanto um bom balanço para que a prova de boca seja boa. O vinho seca literalmente a boca toda, como que a vaticinar que foi muito cedo para o beber… e foi. Apesar de ter sempre o selo de muita qualidade e elegância, ou se decanta previamente (tipo 2 horas…) ou não se beba antes de 2014, 2015… Nós não fizemos nem uma coisa nem outra… quando se estava a equilibrar no copo, como fruta bem expressiva já, acabou. Normalmente é assim com o Poeira.
Para quem conhece bem os anos de Poeira, diferente este. Gostei muito dos de 2004 e 2007 e fiquei com muito boa impressão do de 2009. Adorei o de 2001 e 2002 foi extraordinário, para mim. Este de 2008 volta a ter algo parecido com o de 2002, para mim. É esperar e paulatinamente ir provando uma garrafa a ver quando atinge o seu esplendor, sempre em elegância, fora dos enjoos de vinhos que persistem em lançar para o mercado.
Vinho em prova cega com: Quinta da Foz de Arouce Vinhas Velhas de Santa Maria 2003, Quinta do Monte D´Oiro Reserva 2007 e Domaine Charvin 2003
Provador: Mr. Wolf
É de facto um muito bom vinho e daqui a uns anos será, sem dúvida, um GRANDE vinho! Tem tudo para que isso aconteça: acidez, corpo e taninos.
Carlos, hoje provei o 09 e o 10 e (re)confirmei que o meu preferido é o 2007, logo seguido pelo 2008. Frutinha da boa e farta no 09, frutinha e algum tanino, provavelmente menos maduro no 10 (num ano tão quente esta minha apreciação só prova a minha pouca sapiência vitivinicula). A elegância do 07 e a selvagaria do 08 são as colheitas com as que mais me identifico. Abraço com saudades das nossas jantaradas.
Poeira, graças a Deus (e ao Jorge Moreira) não é para estar "perfeitinho" quando ainda usa fraldas…
Daqui a 3 anos falamos sobre o de 2008 e a uns 4 ou 5 sobre o de 2009. O de 2010 só o "ouvi" no copo na FIL. Não tenho opinião!