Característica diferenciadora: Touriga Nacional jovial
Preço: 70€ (Garrafa magnum)
Nota pessoal: 17,5
Nem sempre disponível para ser bebido.
Nos primeiros anos com muita força e desiquilibrado…e agora? 9 anos volvidos… como será que está? Bom, no copo está muito escuro.
Carácter tintureiro muito evidente. Encarniçado e brilhante ainda, com tingimento do copo imediato.
Aromas a atacarem o nariz de carácter eminentemente vegetal. Mentol… cânhamo… refrescante nos aromas.
Na boca é impressionante a acidez que ainda mantém. Notas muito terrosas e final vegetal … de ervas verdes cortadas.
A sensação de criança do Vick Vaporub invade-nos o palato, trazida pela memória… No melhor dos sentidos e com lástima… quando estava doente, não eram mezinhas destas que me davam, apesar da semelhança de alguns aromas.
À medida que respira, “abrem” mais aromas e surgem notas de clara de ovo que desaparecem e aparece finalmente algum couro a domesticar os aromas vegetais e de terra. Café torrado.
1 hora depois de aberto e decantado, está no ponto.
Elegante, onde as notas todas iniciais se casam e se transformam num aroma evidente de Touriga Nacional, mais vegetal e floral e na boca com muito cetim, apesar dos seus taninos estarem sempre eriçados. Mas até se comportam bem…
Curiosamente não tenho encontrado este vinho à venda… mas é uma pena. O Dão necessita de mais vinhos destes, com reconhecimento de rótulo, sempre inovador como Álvaro de Castro nos habituou….e com personalidade vincadíssima.
Um bem haja para as equipas que produzem estes vinhos.
Provador: Mr. Wolf