78/83 Dão e Douro

Setentas e Oitentas

Quando? Janeiro de 2013

Porquê? 

  • Porque ter memória do passado ajuda-nos a compreender melhor o presente e ajuizar sobre o futuro.
  • Porque é necessário provar vinhos adultos para “lavar a boca” dos sabores primários e evidentes do que existe hoje em dia.
  • Porque provar vinhos adultos e musculados, como estes eram, em forma, ajuda a identificar os verdadeiro aromas que as uvas dão. E por falar em Dão… 3 garrafas do Dão (78,80 e 83) e uma do Douro (83).Muito bom.

Como é que foi? 

…de 0 a 20? Muito bom… Não há escala que me apeteça encaixar a prova.

Falta uma das fotos das garrafas… um Cova dos Frades 83 do Dão.

Mas impressionou. Deu conversa sobre vinhos. Gerou silêncios. E soube muito bem, pois felizmente estavam os 4 impecáveis.

Abertura delicada das rolhas… todas elas com mais de 30 anos a cumprir a sua função.
Os vinhos, felizmente, todos impecáveis à vista.
Limpos, brilhantes ainda e rubi no caso do Grantom (83).
Aromas evidentes de evolução, embora por exemplo no Grantom era evidente ainda fruta encarnada e cor rubi muito acentuada.

No Cova dos Frades (83), os aromas iniciais eram claramente de café e algum cansaço. Após arejamento, ganhou muita finesse e acidez ainda para agarrar de forma impressionante o palato.

O Passarela… que dizer destas garrafas? Impressionante. 33 anos…cor impecável.
Acidez impressionante.
Espessura ainda e equilibrio.
Parco na fruta inicial, muitos aromas terciários, ligeira azeitona e muita, muita acidez. Fantástica forma.

Grão Vasco… Garrafeira 78. Doce. Citrico. Doce… arejado.
Cor atijolada, comparado com os outros. Doce… é a única chatice…. mas ainda com persistência e corpo.

Elegância com fartura.

O Grantom… o verdadeiro. O mítico Grantom 83. 30 anos depois, mantém fruta encarnada. Taninos vibrantes ainda e cor rubi ténue. Impressionante pela frescura, pela limpeza e pelos aromas. Bouquet impressionante.

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