M.O.B. 2011

Característica diferenciadora: Qualidade de referência em qualquer mesa do mundo.

Preço: 22€

Onde: Garrafeiras especializadas. Esta comprei no Supermercado O Saloio no Estoril

Nota pessoal: 18.5

Comentário:  Este é claramente um comentário que aqui coloco precipitado… precipitado essencialmente porque só bebi ainda uma garrafa deste vinho.
Este é claramente um exemplo de um vinho que uma garrafa não chega… ainda mais que foi dividida!
É precipitado como por exemplo ousar-se achar que por dormirmos um fim de semana numa cidade, Madrid por exemplo que é perto, arrogamos  falar do tema como se a conhecessemos desde infância… Depende da qualidade do conhecimento que entendemos devemos ter para falar sobre a cidade.
Às vezes ouço-os falar, porque foram lá sair um fim de semana à noite, ou a uma reunião “num projecto”, e falam … esclareça-se: eu não conheço bem Madrid… mas sei que Madrid não é só Cibeles, canhas e pata negra… também tem, por exemplo, 3 excelentes museus.
Também joga lá o Cristiano Ronaldo, mas o Real Madrid já tinha ganho umas coisas antes de ele lá jogar… enfim, tudo depende da perspectiva.

Voltando à minha precipitação… precipitado, pois o vinho está claramente adolescente. Não é daqueles adolescentes cheio de acne e desajeitados… não, já tem boa pinta… mas precisa amadurecer.

Mas então porque é que me precipito a escrever? Porque é daqueles vinhos que acho extraordinário. Porque quero conhecer melhor o vinho e para isso é necessário “visitá-lo” muitas mais vezes, pois vamos sempre descobrir novas sensações. É tipo um filme do Woody Allen. Pode-se ver e rever… o argumento sabemos qual é e como acaba… mas há sempre referências novas e piadas excelentes que nos passaram despercebidas, pois provavelmente estávamos a pensar. O Woody Allen faz isso muito bem. Pensa bem e faz pensar.

Bom… posto isto, a única consideração que tenho a fazer dirigido às 7 pessoas (contando comigo que sou narcísico e releio os meus posts) que sei que nos lêem é: procurem e comprem!

A cor do vinho é rubi escura, quase violeta muito densa e brilhante.

Aromas imediatos de bosque. Vegetal e muito expressivo. Aromas de “adega”… Algumas notas florais mas é o cedro, aquela madeira verde, com chuva e resina,  intenso tão característico da boa Baga (parece-me), que se evidencia. E digo isto com carácter adjectivo. É bom. Produzir vinho, a “tresandar” a fruta e madeira “doce” e abaunilhada, estilo ambientadores de ligar à tomada da electricidade, eu estou fartinho há muitos anos… mas eu sou muito particular nisso… normalmente sou o único em algumas mesas em que me sento. Esse perfil de ambientador, agrada à maioria.
Na prova de boca está ainda por harmonizar, muito intenso, concentrado e nota-se muito cuidado. Tudo está contido, mas cheio de pujança e concentração. O aroma mais “rústico”, manifesta-se na prova de boca duma forma mais “chic”, onde é a frescura e a clarividência de sabores que comanda a prova…

Acetinado e muito, muito fresco. É majestoso pela frescura, mais do que por fruta. É o perfil que eu reconheço que mais me encanta. Frescura. Pode ter fruta, mas é a frescura que faz com que se tenha vontade de beber outra vez e fica na memória. A fruta encanta no início, mas desaparece com outro vinho, por exemplo. Frescura só alguns vinhos têem. Fruta parece-me ser mais comum.

Perfeito na acidez, mostra-se um vinho para excelentes anos em cave. Tem um grande problema, manifesto neste post e que é evidente… Deveria ser engarrafado em garrafas mínimas de 3L. Acabei aqui as minhas notas… pois o vinho sumiu-se em 3 tempos… porque ainda o estava a descobrir e o vinho cresce muito, muito, muito em copo, e a garrafa esvaziou-se.

É de comprar às caixas todas as que encontrarem. É um vinhão e vai seguramente dar que falar. Eu falarei seguramente outra vez, pois tenho mais duas que encontrei no Saloio e vou à procura de mais.

Perdoem a precipitação, mas quando me entusiasmo, gosto de partilhar o entusiasmo.

Provador: Mr. Wolf
Recommended Posts

Leave a Comment