Ora aqui está uma estreia! Um vinho da Arménia!! E que estreia… o vinho tem cor rubi de opacidade média, média+, sem ser brilhante mas muito límpido.
Aromas muito “charmosos”, com um misto de doçura a lembrar geleia de pétalas de rosa, e aromas terrosos. “Tijolo!” – disse alguém à mesa. Bom nariz… na realidade quando investiguei sobre o vinho, é produzido na tradição milenar de amadurecimento das célebres ânforas. Aliás… este vinho é produzido na região que se considera ser a mais antiga do mundo com tradição em vinho, no famoso Monte Ararat a cerca de 1400 metros de altitude… apregoam-se cerca de mais de 6 milénios de tradição vínica… sim, 6 milénios. Seis mil anos. Voltando a esta garrafa… os aromas são muito equilibrados, doces e terrosos mas muito harmoniosos, e a prova de boca é fantástica, tal é o equilíbrio entre especiarias, muita mineralidade e aquele polimento que a ânfora consegue de forma ímpar. Eu não consigo antever a propensão para envelhecer em cave… mas a prova agora esta magnífica e é um excelente vinho. Acompanhou cá em casa uma massa… e a acidez escondida que o vinho tem aguentou perfeitamente o pecado de inspiração italiana no prato… mas recomendava – e vou experimentar – este vinho com perdiz. Acho que deve ser magnífico.